Em relato passado na reunião da Associação de Moradores do 
Bairro Tatus, realizada em 13 de janeiro de 2012, os moradores do 
referido bairro, no município de Ilha Grande – PI, estão produzindo 
mudas de cajuí e murici para serem utilizadas no projeto de contenção de dunas. 
Cerca de 2.150 unidades já estão quase em ponto de replantio onde 
esperam pela fase das chuvas. No encontro estiveram presentes 
representantes da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, Embrapa MN, 
Cáritas e Comissão Ilha Ativa –CIA.
Nessa reunião foi relembrada a primeira fase de contenção de dunas 
que aconteceu no ano anterior e a que passos estão nesta nova etapa de 
plantação de mudas pela comunidade, com auxilio técnico da Embrapa; além
 de alguns itens que faltam para sua realização.
Para isso, foi ouvido o represente da Instituição, Carlos Barros, que
 explicou como se encontra o processo de produção das mudas 
(dificuldades e resultados alcançados), e que segundo o mesmo, ainda 
será plantado mais mudas de outras espécies.  O técnico da Embrapa Pedro
 deu orientação sobre os aspectos necessários para produção das mudas 
com mais eficiência.
A técnica da SEMAR, Roseane Galeno contextualizou que o 
empreendimento de contenção das dunas em Ilha Grande por parte do 
governo estadual, recurso vindo pelo PAC, através da CODEVASF, se 
encontra em fase de licitação e que até fevereiro poderá acontecer o 
lançamento em dois lugares de Ilha Grande. E afirmou que este acontecerá
 em três etapas onde a primeira será a maior. “Para isso, precisará com 
certeza do envolvimento de toda a comunidade direta e indiretamente. 
Mesmo assim, a ação que a Associação dos Tatus quer realizar tem que ser
 dada continuidade, pois como sabemos, a burocracia governamental poderá
 ter retardamento e não acompanhar a fase das chuvas”, relatou Roseane. 
Com isso prometeu dar apoio conseguindo caminhão para o transporte das 
palhas, além de trazer um técnico para apresentar possíveis locais para o
 plantio das mudas.
A CIA parabeniza a Associação de Moradores dos Tatus pela iniciativa,
 pois dessa forma estão mostrando na prática a responsabilidade 
socioambiental pelo ambiente em que vivem. Esse empoderamento refletirá 
positivamente em outros moradores.
Uma moradora chamou atenção ao motivo que a faz contribuir para que 
as dunas sejam contida “Não quero sair de minha casa pelo o que a dunas 
poderão causar. E hoje já sinto o efeito delas durante os meses de 
agosto, setembro e outubro, pois durante a noite tenho que levantar para
 tirar a terra da minha cama”.


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