A visita do ministro Crivella na Ilha Grande causou impressão negativa. Primeiro, pelo aparato policial (Comando Tático, Polícia Federal, Samu, Detran etc).
Segundo, pela suposta falha do cerimonial (do Ministério), de não chamar pra mesa o presidente da colônia Z-7 e nem mencionar os representantes das entidades locais de pesca.
Fiz um ofício pra entregar pro ministro, mas não fui recebido, como outras entidades também, até a própria Colônia Z-7 não teve a oportunidade de entregar documento com várias reinvidicações, tive que furar a fila já no pátio da colônia para que a assessoria dele recebesse o documento.
Ficou um sentimento de que ali naquele ambiente dos pescadores estivessem marginais, gente agressiva e não simples trabalhadores da pesca e agricultores familiares.
Ao meu ver foi um fiasco, uma super proteção desnecessária, numa cidade de gente humilde e pacata.
Muito diferente da época do ex-ministro Altemir Gregolin, que efetivamente "visitava" a comunidade pesqueira, sem qualquer aparato, interagia espontaneamente com autoridades, pescadores e seus representantes. Ouvia relatos, reivindicações e críticas. Assim se fazia um governo do povo. Tanto no âmbito nacional como local. Infelizmente, não é o que se vê agora, optando o MPA por uma gestão distante, omissa, engessada no seu ar-condicionado, sem nenhum contato com as comunidades; prioritariamente, com mensagens para a aquicultura e pesca industrial, onde os empresários via de regra são privilegiados financeiramente, esquecendo o legado do governo Lula que priorizava as classes mais vulneráveis (marisqueiras, catadores de caranguejos e pescadores artesanais em geral).
DILMA, VOLTE AO DIÁLOGO COM OS MOVIMENTOS SOCIAIS... URGENTE!
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